Goiás está entre os Estados brasileiros com mais estudos científicos financiados com verba pública estadual para o enfrentamento à Covid-19. Os investimentos já somam um total de R$ 1,2 milhão aplicado em 13 iniciativas. As verbas são do Governo de Goiás, repassadas aos pesquisadores por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Goiás (Fapeg), que chegou a receber 72 inscrições durante convocação de projetos de pesquisa. “A expectativa é de que as ações realizadas no Estado, por diferentes pesquisadores e instituições, contribuam de forma eficaz para combater o coronavírus e ajudem toda a população do Brasil”, declara o presidente da Fapeg, Robson Vieira.
As primeiras pesquisas começaram em abril deste ano. Algumas já estão em fase adiantada de levantamento de dados e conclusão dos estudos. “São diferentes áreas do conhecimento, que vão desde a busca pelo reposicionamento e descoberta de fármacos para a Covid-19, utilizando a Inteligência Artificial, até uma pesquisa que busca minimizar sequelas em sobreviventes de casos graves de Covid-19”, explica o presidente da Fapeg.
Um dos estudos é realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG), que desenvolveram um projeto para diagnóstico molecular rápido, barato e capaz de detectar a presença do coronavírus já no primeiro dia de sintoma do paciente. Os resultados dos testes podem ser obtidos em menos de duas horas, o que possibilita um tratamento imediato e o isolamento do paciente para conter a disseminação do vírus. O método pode mudar a forma de se diagnosticar a Covid-19 no Brasil. O estudo recebeu do Governo de Goiás um montante de R$ 100 mil para acelerar sua conclusão.
Outro estudo goiano, ainda em fase inicial de coleta de dados, propõe o sequenciamento do genoma do vírus Sars-CoV-2, que faz parte do grupo coronavírus. O levantamento recebeu mais de R$ 250 mil do Governo de Goiás. A análise das amostras começou em novembro. “A expectativa é de que em fevereiro já tenhamos concluído uma parte da coleta de dados e tenhamos resultados da pesquisa. Nesse primeiro momento serão analisadas 60 amostras de seis meses diferentes. A ideia é que sejam 10 amostras por mês, para que a gente tenha noção das variantes virais que entraram no Estado ao longo do tempo”, explica a coordenadora do projeto de pesquisa, a bióloga Mariana Pires de Campos Telles, que é doutora em Ciências Ambientais pela Universidade Federal de Goiás (UFG).
A pesquisa envolve estudiosos da UFG e da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás). O levantamento pode contribuir para reunir mais informações para o banco de dados mundial referente à mutação, comportamento e variantes virais que circularam em Goiás durante a pandemia. “Com o sequenciamento do genoma do Sars-Cov-2 é possível ajudar de forma concreta com as políticas públicas de saúde para prevenção e controle da pandemia”, afirma a coordenadora do projeto.
Goiás tem recebido destaque nacional tanto na pesquisa científica quanto aplicada, além de promover ideias inovadoras. O Governo de Goiás, por meio da Fapeg, busca incentivar os pesquisadores em terreno goiano a desenvolverem seus estudos que promovam soluções às demandas da sociedade, em níveis estadual como nacional. “Com a pandemia ficou comprovada a importância de se investir em ciência e pesquisa. O Governo de Goiás tem consciência disso. No nosso Estado, contamos com pesquisadores qualificados e devemos dar todo apoio necessário para que eles desenvolvam produtos e serviços que cheguem à população, beneficiando e promovendo melhor qualidade de vida”, conclui Robson Vieira.
Fonte: Secom – GO/ Agência Cora de Notícias